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sábado, 16 de janeiro de 2010

Nossa relação com os astros



A astrologia e as energias:
                                      As reflexões a seguir valem tanto para o astrólogo como para a pessoa espiritual que, de alguma maneira, guarda em sua consciência um espaço para a relação com as energias provenientes dos planetas, os signos e as estrelas. As duas formas clássicas de contato são o aprofundamento do conhecimento sobre o signo solar que, paulatinamente, deve ceder lugar ao Ascendente, e as meditações de plenilúnio ou, inclusive, lua nova, segundo o Tibetano, a base da futura religião mundial.

O que nos interessa destacar são extensões de dois famosos axiomas ocultos: “a energia segue o pensamento”, e “como um homem pensa em seu coração, assim ele é”. Em ambos os casos temos a síntese da atitude que deveria presidir a nossa interação com os astros.

Sabemos pela teoria esotérica que tudo no universo é energia, e essa energia é classificada em sete, os sete raios de energia espiritual. Esses raios são manifestados mediante estrelas, signos e planetas, entre eles os do nosso sistema solar, e sua energia faz de nós o que somos e seremos; nesse processo de desenvolvimento realizamos um “Plano” de vida de forma mais o menos consciente e, à medida que a evolução avança, descobre-se que é possível ser um reflexo individual consciente das qualidades e da potência do Macrocosmos, o que acelera nosso progresso ao mesmo tempo que complementa a intenção do Mestre ao qual assistimos como grupo ashrâmico, sendo a atividade deste Mestre uma extensão formulada no tempo da Vontade Divina.

O progresso pelos estados de consciência que caracterizam cada degrau da escala espiritual implica na colocação à nossa disposição de uma quantidade e qualidade determinadas de energia, mediante as quais desenvolvemos aquilo que cremos mais conveniente, mas, em todos os casos (do discipulado), o processo implica em “se deter” na apreciação de uma necessidade, na invocação de energia ou força e na evocação de uma solução, com a consequente inundação do ponto com a energia ou força invocadas. Isto repercutirá na futura evolução das formas e consciências colocadas sob a nossa responsabilidade cármica.

Todo esse desenvolvimento pode ser explicado com uma linguagem astrológica, que não seria senão outra maneira de expressar as verdades espirituais e que vem complementar o panorama conhecido acerca dessas dinâmicas de desenvolvimento, com o acréscimo de que, ao conhecê-las, é possível “baixar à Terra” o que já existe subjetivamente, aumentando a potência das energias na consciência diurna dos homens. Claro que isso requer uma cuidadosa e pura construção, e daí a dificuldade da astrologia esotérica, que até esse momento “permanecerá protegida nas alturas de sua pureza búdica”, para dizê-lo simbolicamente.

Os astros, a energia e o Plano:
                                             Seguindo com o anterior, podemos dizer que, a fim de desenvolver o Plano, os Mestres captam o Propósito e o desenvolvem no espaço, fazendo-se evidente que, para sua materialização, serão necessários certos tipos de energia e não outros, como também determinadas proporções de energia. Isso põe em ação um processo invocador, o qual se manifestará na Terra de acordo com a amplitude do ponto de tensão produzido pela humanidade, e essa invocação resultará na presença das energias vertidas pelas distintas estrelas, signos e planetas. Sua irradiação total seguramente é muito superior àquela que conhecemos, pois não somos capazes de captar mais que o que nosso cântaro permite, mas em todo caso somos responsáveis somente pelo que conhecemos.

Em nível individual ocorre o mesmo; aqui convém assinalar que a construção do ponto de tensão que nos concerne como aspirantes ou discípulos se realiza com matéria mental, isto é, com o poder do pensamento. Aqui entram em jogo os dois axiomas já citados, posto que a captação e a possibilidade de desempenhar uma parte comprometida no Plano do Mestre tem a ver diretamente com a amplitude da nossa consciência.

Aqueles que estão relacionados com a astrologia na maneira já indicada não captam em si mais energia do que aqueles que não estão, mas sem dúvida têm mais responsabilidade e sobretudo maior oportunidade; o conhecimento sempre acarreta responsabilidade e, no caso de ser usado erroneamente, sepulta o discípulo sob uma montanha de formas mentais incompreendidas, demasiado “pesadas” para ele. É a oportunidade de buscar ativamente um significado com as relações traçadas na consciência e assim esclarecer no plano mental uma parte do Plano para a humanidade e também os reinos animal, vegetal e mineral, pelos quais somos responsáveis.


A oportunidade de colaborar e progredir junto aos astros:
                                                                                     De que maneira aproveitar o nosso conhecimento sobre os astros? Em princípio não interpretando desde a forma, mas desde a consciência; a linguagem astrológica é a linguagem da Vida e da consciência expressas através da forma. Sempre é possível obter um significado profundo dos temas que nos são apresentados, e nessa compreensão estamos estendendo um pequeno fio de luz entre o signo, etc., refletindo e nossa própria consciência. Isso implica em uma pequena revelação de luz no mundo e um canal para a afluência de mais energia no futuro. Nesse sentido a astrologia é um campo de oportunidades para a reflexão, algo que também não é tão fácil de encontrar hoje em dia. Reflete a oportunidade de prover material para expandir o Plano e, assim, a nossa consciência

Outro aspecto a observar é a nossa atitude de abordagem, que naturalmente estará matizada pela nossa evolução particular. Quando lemos acerca do signo do plenilúnio, o fazemos com o desejo de ver “que podemos extrair” para nós? Nesse caso a intenção é em última instancia estrita, e isso curiosamente evocará forças de potência moderada, que a longo prazo atrasarão a nossa evolução, deturpando o que buscávamos de início.

Uma atitude a cultivar é, portanto, a de colaboração mental, a de “estabilizar luminosamente” a nossa compreensão e, assim, compartilhá-la graças â não separatividade. Isso misteriosamente entrelaçará a nossa consciência com os planos superiores de uma maneira surpreendente e mais estreita, possibilitando uma maior revelação no futuro. A chave neste caso é a sinceridade, o altruísmo e a pureza de intenção, que sempre são as chaves para o avançar no Caminho.

O contacto alcançado através do significado astrológico constitui uma definida forma de serviço, porque assenta bases espirituais para a exteriorização dos planos internos nos três mundos. Com o tempo, o correto pensar orientado compreensivamente para o superior incrementa a vibração dos veículos do discípulo, o que lhe permite ser mais consciente da intenção enfocada por meio do seu Ashram e, portanto, colaborar com mais amplitude e fogo no desenvolvimento do Plano que abarca a sua carta natal e a dos seus condiscípulos, assim como relações astrológicas muito maiores (entre Ashrams, reinos, Vidas planetárias) que ainda desconhecemos.

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